A 4ª Conferência Nacional de Cultura, realizada pelo Ministério da Cultura, no início de março, em Brasília, com o tema Democracia e Direito à Cultura, gera esperanças nos trabalhadores da Cultura e em especial do Teatro brasileiro.
É urgente repensar o modelo de distribuição de recursos para as artes, e o teatro é um dos segmentos que mais tem sofrido com a ausência de uma política que lhe dê reais condições para o seu desenvolvimento no país.
O teatro é um arte viva que necessita de manutenção constante, e o atual modelo refletido nos editais só permite se levantar um espetáculo, cujos recursos são insuficientes para sua manutenção, ou para se circular com o trabalho, possibilitando ao povo maior acesso ao bem cultural.
Os trabalhadores teatrais necessitam de um modelo que permita uma utilização proveitosa e mais inteligente dos recursos destinados ao setor. Há muitas demandas, a carência é geral.
Na 4ª Conferência Nacional de Cultura, a chamada Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade foi debatida, e as propostas apresentadas também visaram criar um ambiente mais favorável à produção teatral.
Vamos torcer por um forte teatro brasileiro dentro do documento final do novo Plano Nacional de Cultura, que deverá estar concluído em outubro próximo, e acima de tudo se coloque em prática uma política que revigore o teatro a nível nacional.
Que o PNC contemple um novo horizonte para o teatro, que ao longo dos últimos anos tem sobrevivido a uma verdadeira tragédia bem brasileira.
(Foto: Filipe Araújo/ MinC)