“Desde sempre e para sempre toda mulher tem parentesco com a primeira estrela brilhante que levou luz ao azul profundo do céu”. Esta citação da filósofa Delia Steinberg Guzmán inspirou a autora Lúcia Helena Galvão, em sua terceira obra para teatro: ÂNIMA.
A peça foi especialmente criada para a renomada atriz Beth Zalcman, retomando a parceria de sucesso iniciada com Helena Blavatsky, a voz do silencio, visto por cerca de 70 mil pessoas e que rendeu a Beth Zalcman o Prêmio Cenym de Melhor Atriz em 2023. Luiz Antônio Rocha, que assina a encenação de Helena Blavatsky, repete a parceria com a autora e a atriz.
O texto traz o desafio de reunir seis mulheres místicas, pensadoras, idealistas e heroínas como Joana Darc, Simone Weil, Helena Blavatsky, Harriet Tubman, Marguerrit Porret e Hipatia de Alexandria. Para unir as personagens uma tecelã ocupa o palco tecendo histórias que deixaram uma marca indelével no curso da humanidade. A ancestralidade da fala se contrapõe ao presente e ao futuro representado pelo uso da tecnologia, inovando com a relação entre a atriz e drone em cena.
A sinergia entre texto, encenação e atuação converge de maneira magistral, proporcionando ao público uma experiência que transcende o ordinário e o transporta para um instante verdadeiramente inesquecível. “A encenação de Luiz Antônio Rocha é uma sucessão de acertos. A iluminação é um personagem que, durante todo o tempo das diversas personagens, cria mais do que um diálogo.
É capaz de ressignificar a corriqueira expressão “dar à luz” para maternidade e criar um espaço cênico de uma beleza rara”, Crítica de Claudia Chaves, Correio da Manhã.
“Quando Lúcia me entregou o texto ÂNIMA, ela me disse: nele estão seis mulheres que marcaram a minha vida. “Fiquei curiosa, emocionada, ansiosa, e na primeira leitura compreendi que eu viveria uma experiência profunda e bela. Mulheres distintas vindas de tempos e espaços distantes, mas conectadas pelo desejo de fazer a vida valer a pena para todos. Para descobri-las tive que mais uma vez mergulhar no meu silêncio, como aprendi com Blavatsky” diz a atriz Beth Zalcman.
“Beth Zalcman nos brinda, e encanta, com seis interpretações impecáveis. A cada uma das personagens, imprime uma identidade singular, contudo mantém, em todas, uma característica que admiro deveras: o falar pausado, com muitas variações de tonalidade. Beth saboreia e valoriza cada vocábulo. E quem ganha com isso é o espectador”, Gilberto Bartholo, O Teatro Me Representa.
“A coragem e a resistência à adversidade são características inerentes a muitas mulheres, especialmente quando o amor e a compaixão estão em jogo”, afirma a autora Lucia Helena Galvão, que completa: “Este é um belo ‘arsenal’ de habilidades femininas. Embora não pretendamos esgotar todo o potencial feminino com essa breve reflexão, queremos destacar o poder transformador que as mulheres trazem consigo. Elas preenchem muitos dos ‘vazios’ que tanto afligem a humanidade, e é fundamental reconhecer e valorizar suas contribuições”.
A primeira personagem é a corajosa e autêntica filósofa francesa Simone Weil, séc. XIX, dotada de uma capacidade ímpar de ver simbolicamente a vida e aprofundar-se em seus segredos mais íntimos. Segue com a inesquecível heroína e Joana D’Arc, séc. XIV, condenada à fogueira pela igreja católica e canonizada pela mesma igreja.
“Em comum entre nós somente essas estreitas cordas tão visíveis em mim, lacerando-me a pele, e as que trazeis dentro de vós sutis ocultas, mas que vos laceram a alma com muito maior intensidade”.
A peça segue com a escritora Helena Blavatsky, séc XIX, que influenciou grandes pensadores do século XX, admirada e criticada por sua irreverência e determinação. Ela traz ao mundo a sabedoria antiga e atemporal; também entra em cena a brilhante Harriet Tubman, sec XVIII, mulher escravizada foragida que libertou muitos outros companheiros da escravidão, se tornou símbolo da luta contra o trabalho escravo nos EUA. Ficamos de frente com Marguerite Poret, a grande pensadora e mística do séc. XIII, que nos legou a reconhecida obra “Espelho das Almas Simples…”, que lhe rendeu uma condenação à morte na fogueira: “… compreenda aquele que me ouve que eu já não sou a mística que honra o bem, eu sou o próprio bem…e levo para a fogueira as minhas convicções…pois compreendo profundamente que amar é servir…”.
Ao final dessa jornada, encontramos, no séc. IV, Hipátia de Alexandria, uma incansável investigadora, que foi vítima do fanatismo de seu tempo, conhecida como a primeira matemática documentada na história.
ÂNIMA é uma peça que fala da alma feminina. Beth é uma atriz extraordinária que mergulha e responde às propostas com muita rapidez. O texto da Lúcia vem imbuído de provocações e possibilidades. Me sinto um diretor de alma feminina, trabalhando com duas supermulheres, festejando minha terceira parceria com Beth e Lúcia”, completa o diretor.
Após três temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, apresentação em Goiás e uma temporada em Belo Horizonte, todas em 2024, ÂNIMA estreia a temporada 2025 em São Paulo, no dia 12 de abril, sábado, no Teatro B32. ÂNIMA é uma criação que promete iluminar o palco com reflexões profundas e ressonâncias emocionais.
SINOPSE
“ÂNIMA” é uma história sobre mulheres que mudaram o curso da história da humanidade contada por uma tecelã. Ela entrelaça os fios da vida em busca de sua ancestralidade feminina dando voz a mulheres idealistas e pensadoras, como: Joana d’Arc, Hipátia de Alexandria, Marguerite Porete, Helena Blavatsky, Harrite Tubman e Simone Weil. Cada fio conta uma história, que escrito nas estrelas, ecoa através dos séculos
Serviço
“ÂNIMA”
Argumento e texto original: Lúcia Helena Galvão.
Interpretação: Beth Zalcman.
Encenação: Luiz Antônio Rocha.
Duração: 75 minutos.
Classificação: 12 anos.
Temporada: de 12 de abril a 21 de junho, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h.
Ingressos: entre R$ 50 e R$ 170.
Vendas antecipadas: https://teatrob32.byinti.com/
Bilheteria: segunda a sexta, das 14h às 18h, e 1 hora antes de cada evento
Teatro B32 | 490 lugares.
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 3732. Itaim Bibi, São Paulo.
Acessibilidade: Sim.
FICHA TÉCNICA
Projeto de luz: Ricardo Fujii.
Figurino: Thanara Shornadie.
Cenário: Luiz Antônio Rocha e Toninho Lobo.
Trilha sonora: Beth Zalcman e Luiz Antônio Rocha.
Sonoplastia: Anderson de Almeida / TAKE.
Preparação corporal: Miriam Weitzman.
Visagismo: Neandro.
Fotos: Marcelo Estevão – Modus Focus / Flavia Canavarro / Jow Coutinho / Leandro Moraes.
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação.
Gestão Redes sociais: CulturaLab, do grupo Top Na Mídia.
Gestão e Elaboração leis de incentivo: Lilian Maia.
Direção de Produção: Luiz Antônio Rocha.
Realização: Espaço Cênico, Mímica em Trânsito e Teatro em Conserva.
SOBRE LÚCIA HELENA GALVÃO
Lúcia Helena Galvão é uma filósofa, professora, escritora, poetisa, conferencista e voluntária há 35 anos de experiência na organização Nova Acrópole do Brasil. Na instituição, ela ministra aulas e palestras abordando diversos temas relacionados à Filosofia. Seus temas de estudo trazem a filosofia para um nível prático e aplicável, estabelecendo conexões entre conhecimentos antigos e a atualidade. Seu trabalho consistente atrai uma audiência global, com milhares de pessoas acompanhando seus livros ou escutando suas palestras. As produções criativas e filosóficas de Lúcia Helena compartilham conhecimentos adquiridos com muito estudo e dedicação, visando auxiliar as pessoas a crescerem e se tornarem seres humanos melhores.
SOBRE BETH ZALCMAN
Beth Zalcman é atriz e autora, acaba de ganhar o Prêmio Cenym 2023 de melhor atriz com o monólogo Helena Blavatsky a voz do silêncio, que apresenta por todo país aclamado pela crítica e público. Atuou em Reis – record/ em Desalma -Globoplay/ D Vitória / Conspira e Globoplay. Séries Tudo de Bom e Todo dia a mesma noite. Na peça Brimas, indicada ao Prêmio Shell 2015 melhor texto com grande sucesso de público e crítica. Integrou o elenco de “Amor sem Igual”, “Jezabel“, Apocalipse, na tv Record, Sob Pressão (3 temporadas) e Órfãos da Terra, Insensato Coração, Joia Rara, Velho Chico entre outras, na TV Globo. Estreou longas: Solteira quase surtando e Jovens Polacas. Foi D. Marisa no longa “Polícia Federal, a lei é para todos”. 40 anos de carreira artística. Estuda a técnica MICHAEL CHEKHOV de atuação no curso David Zinder Tel Aviv-2019 /no International Michael Chekhov Woskshop and Festival- Nova York- 2014 / – MASTER CLASS com LENARD PETIT, RJ – 2015 etc. Formada em Comunicação pela FACHA.
SOBRE LUIZ ANTÔNIO ROCHA
Luiz Antônio Rocha começou sua carreira como ator no teatro Tablado tendo sido dirigido por Maria Clara machado em “O Dragão verde”. Atua em todos os segmentos artístico-culturais, criando e produzindo projetos para todos os perfis de público. São quase 40 anos dedicados à produção de qualidade com temáticas relevantes. Além das peças de teatro Luiz Antônio Rocha é considerado pela Revista Veja como um dos melhores diretores de elenco do mercado de Tv e Cinema, tendo produzido o elenco de centenas de comerciais nacionais e internacionais, filmes, novelas e minisséries. No audiovisual destacam-se: “Mandrake”, “O Brado Retumbante”, “Laços de Família”, “Mulheres Apaixonadas”, “Presença de Anita”, “A Lei e o Crime”, “Vidas Opostas”, “Seven years in Tibet” de Jean- Jacques Annaud, “Le Jaguar” de Francis Veber, “Anjos do Sol” de Rudi Langman e “A Mulher do meu amigo” de Domingos Oliveira, “Velho Chico”, de Benedito Ruy Barbosa, “Dois Irmãos”, de Milton Hatoum – ambos com direção de Luiz Fernando Carvalho para a TV Globo; “Retrato de um certo Oriente” de Marcelo Gomes entre outros. Em teatro dirigiu as seguintes peças: “Eu te darei Céu” em 2007, de Nanna de Castro e “Uma Loira na Lua” em 2004, sucesso de público e crítica. A peça foi considerada por Flávio Marinho no seu livro “Quem tem medo de besteirol” como um dos reiventores do gênero. Em 2011: “A História do Homem que ouve Mozart e da Moça do Lado que escuta o Homem”, de Francis Ivanovich que participou das mostras oficiais dos Festivais de Curitiba e Porto Alegre de 2011. Em 2014: “Frida Kahlo, a Deusa Tehuana” (em cartaz até hoje); Em 2015; “ Brimas” de Beth Zalcman e Simone Khalil; em 2018 escreveu e dirigiu ZILDA ARNS, A DONA DOS LÍRIOS e “ Paulo Freire, o Andarilho da Utopia sobre o patrono da Educação Brasilieira pelo qual foi indicado ao prêmio Shell na categoria Inovação; Em 2019: “Helena Blavatsky, a Voz do silêncio” com texto da filósofa Lucia Helena Galvão. Em 2022 O Profeta, uma releitura filosófica por Lúcia Helena Galvão.